novembro 27, 2025
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Esp8266 ou ESP32: qual o melhor para seu projeto?

Esp8266 vs esp32: qual escolher

Se você já entrou no universo da eletrônica e do IoT, provavelmente já ouviu falar de dois microcontroladores que têm conquistado muita gente por aqui: o ESP8266 e o ESP32. Essas plaquinhas da Espressif Systems são conhecidas por serem acessíveis, fáceis de usar e terem uma conexão Wi-Fi já embutida, o que é uma mão na roda para quem quer montar projetos inteligentes sem gastar rios de dinheiro.

Tudo começou lá em 2014, quando o ESP8266 chegou ao mercado com a proposta de oferecer Wi-Fi de série a um preço bem competitivo. Antes dele, quem queria colocar internet em um projeto precisava de módulos extras, o que complicava um pouco a vida e elevava o custo. Com o ESP8266, tudo virou mais simples: uma única placa, conexão Wi-Fi e um preço que podia ser até 70% mais barato do que as alternativas tradicionais.

A comunidade brasileira de makers abraçou essa tecnologia com força total. Muitos começaram a criar sistemas de irrigação automatizada, controle de iluminação à distância e monitoramento de energia em casa, tudo usando essas plaquinhas. O que ajuda muito, né? Afinal, com um pouquinho de conhecimento, dá pra transformar uma ideia simples em um projeto funcional e barato.

Mas, claro, o mercado evolui e a Espressif lançou uma versão mais moderna em 2016, o ESP32. Essa placa veio com várias melhorias, especialmente na velocidade e na quantidade de recursos. Agora ela tem um processador dual core, que funciona até três vezes mais rápido que o ESP8266, além de oferecer Bluetooth integrado, o que amplia as possibilidades de conexão com outros dispositivos sem fio, como sensores e wearables.

Se você está na dúvida de qual escolher, a dica é pensar na complexidade do seu projeto, no quanto você quer gastar e nas funcionalidades específicas que precisa. O ESP8266 ainda funciona bem para tarefas mais simples, como acender uma luz ou ler a temperatura de uma sala. Mas se o projeto exige mais processamento, segurança de dados ou conexão simultânea com vários sensores, o ESP32 é a melhor escolha.

ESP8266 contra ESP32: qual se encaixa melhor no seu projeto?

A grande diferença entre eles está na potência. O ESP32 tem um processador de dois núcleos que roda até 240MHz, enquanto o ESP8266 trabalha com um único núcleo de 80MHz. Isso faz uma diferença enorme na hora de fazer tarefas mais pesadas ao mesmo tempo.

Além disso, o ESP32 tem mais pinos GPIO — são 39 contra 17 do ESP8266 — o que quer dizer que dá para conectar mais sensores e componentes sem precisar ficar trocando ou usando multiplexadores. Ele também oferece conexão Wi-Fi mais rápida, com velocidade de até 150 Mbps, além de Bluetooth 4.2 e conexão Ethernet, recursos que não vêm na versão mais simples.

Outro ponto importante são os sensores internos. O ESP32 traz medição de temperatura, sensor de toque capacitativo e até detecção magnética via Hall. Ou seja, dá para fazer projetos interativos e com mais funcionalidades. Para quem gosta de segurança, essa placa também vem com criptografia AES-256 e algoritmos SHA-2, garantindo proteção nos dados transmitidos.

Para que cada um serve melhor?

Se o seu projeto é uma automação básica de casa, como controlar lâmpadas ou monitorar a temperatura, o ESP8266 ainda dá conta do recado e sai bem mais barato. Mas se você quer montar um sistema de segurança com vários sensores, uma câmera wireless ou uma rede de sensores em uma fábrica, o ESP32 é a melhor pedida.

Na prática, dá para começar com o mais baratinho e, conforme suas necessidades aumentam, migrar para o mais potente. A programação também é bem parecida, usando o Arduino IDE, o que facilita bastante para quem já conhece esse ambiente. Assim, você pode começar com uma placa mais simples e, depois, escalar para a versão mais avançada sem precisar aprender tudo do zero de novo.

Diferenças técnicas em detalhes

Internamente, o ESP32 tem um processador de 32 bits com dois núcleos, que roda até 240MHz, enquanto o ESP8266 usa só um núcleo de 80MHz. Essa diferença de velocidade faz toda a diferença em tarefas que exigem processamento simultâneo, como coletar dados de sensores e enviar informações ao mesmo tempo.

Na parte de conexões, o ESP32 oferece 39 pinos GPIO, o que é ótimo para projetos mais complexos. Além disso, ele consegue transmitir dados via Wi-Fi a uma velocidade três vezes maior que o ESP8266, além de vir com Bluetooth 4.2 e conexão Ethernet, que podem ser essenciais dependendo do que você estiver planejando.

O que também mudou bastante foi a quantidade de sensores internos. O ESP32 traz um sensor de temperatura, um sensor Hall para detectar campos magnéticos e 10 áreas de toque capacitivas, que permitem criar interfaces interativas e inteligentes. Essas funções não estão presentes no ESP8266, que fica mais limitado a tarefas básicas.

Na questão de segurança, o ESP32 oferece camadas extras de proteção com criptografia AES-256 e algoritmos SHA-2, garantindo maior confidencialidade nos dados. Quanto ao consumo de energia, o modo turbo de 240MHz consome cerca de 20% mais do que o modo de operação a 80MHz, então vale ficar atento às necessidades de cada projeto.

Onde cada um se encaixa?

Projetos simples, como controlar uma lâmpada ou fazer leitura de sensores de temperatura, dão conta do recado com o ESP8266, especialmente por seu baixo custo. Mas se você pensa em montar algo mais robusto, com múltiplos sensores, câmeras ou conexão segura, o ESP32 oferece recursos que valem o investimento extra.

Na prática, dá para usar o ESP8266 para prototipar e aprender, e depois migrar para o ESP32 quando a complexidade aumentar. Assim, você aproveita o melhor de cada um sem precisar gastar muito de início.

Seja qual for a sua escolha, o importante é entender suas necessidades e potencializar o seu projeto com a tecnologia certa na hora certa. E, claro, a comunidade brasileira de desenvolvedores está sempre pronta para ajudar com tutoriais, exemplos e dicas práticas.

Fonte: https://jornalbahia.com.br/

Sobre o autor: Amanda

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